Uma pesquisa feita pela International Stress Management Association aponta que o Brasil é o segundo país com maior incidência de Burnout no mundo, mas afinal, o que esse termo significa?
A doença tem se tornado cada vez mais comum nos meios organizacionais, por isso, deve ser diagnosticada e tratada pelos devidos profissionais, a fim de evitar possíveis danos e piora do quadro clínico.
Neste post, entenda mais sobre a Síndrome de Burnout e como ela está relacionada ao esgotamento mental ligado ao trabalho, podendo levar a pessoa a um estado de exaustão física. Ainda, veja como buscar ajuda profissional para tratá-la. Boa leitura!
O que é burnout?
Em tradução livre, a palavra burnout pode ser entendida como “queimar-se por completo”. De origem inglesa, o termo foi criado pelo psicanalista alemão Herbert Freudenberger (1926-1999) em 1974.
Isso porque, nessa época, ele trabalhava 12 horas por dia e, à noite, chegava a atender até dez usuários de drogas por hora, em uma clínica para dependentes químicos.
Vítima de esgotamento físico e mental, caiu de cama, culminando na formulação do conceito clínico para o burnout (ou esgotamento), descrevendo o evento como um “estado de exaustão física e mental causado pela vida profissional”.
A partir dessa ideia, o Burnout pode ser entendido como um distúrbio psíquico de estresse elevado, indicado pela perda de energia emocional e física. De certa forma, o transtorno pode surgir por conta de situações desconfortáveis no emprego, por exemplo, discussões com outros funcionários, trabalho sobrecarregado, cobranças dos superiores e noites mal dormidas.
Quais os gatilhos do burnout?
Pode-se dizer que os primeiros gatilhos podem ser considerados leves, como uma bronca devido a atrasos ou algum simples erro.
No entanto, quando há uma recorrência e aumento do número de reações, esses incômodos tendem a ser um gatilho para o início da síndrome de Burnout, causando a sensação de desânimo e exaustão constante.
Sintomas do burnout
Considerados como algo típico da síndrome de burnout, podemos listar os seguintes sintomas: agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade e dificuldade de concentração.
Mas há também a presença de outros sintomas, como:
- lapsos de memória;
- ansiedade;
- depressão;
- pessimismo;
- baixa autoestima.
Além disso, há relatos de pessoas com sintomas de dor de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma, distúrbios gastrintestinais como sendo manifestações físicas que podem estar associadas à síndrome.
Logo, é fundamental buscar apoio profissional assim que notar qualquer um dos sinais acima. Afinal, pode ser algo passageiro, como também pode ser o início da síndrome e a doença pode causar impacto tanto na pessoa quanto naqueles com os quais compartilha o dia a dia.
Como tratar o burnout?
O que muitas pessoas não sabem ou conhecem é que há tratamento para a Síndrome de Burnout, que consiste em uma abordagem multidisciplinar que pode incluir: médico, psicólogo e outros profissionais da área da saúde. Ademais, pode ser indicada psicoterapia, mas também existem casos que envolvem medicamentos, como antidepressivos e/ou ansiolíticos.
Ao identificar os sintomas, procure um médico. Após o diagnóstico, o tratamento será indicado e, a partir disso, com base na individualidade de cada paciente, o profissional responsável incluirá as devidas recomendações, por exemplo, que a pessoa tire férias e desenvolva atividades de lazer com pessoas próximas – amigos, familiares, cônjuges etc.
Geralmente, o tratamento surte efeito entre um e três meses, mas pode perdurar por mais tempo, conforme cada caso. Mudanças nas condições de trabalho e, principalmente, nos hábitos e estilos de vida contribuem.
Como evitar um Burnout?
Uma forma de se prevenir a doença do esgotamento profissional é buscar criar estratégias que visam diminuir o estresse e a pressão no trabalho. A partir disso, condutas saudáveis diminuem a probabilidade de que haja o desenvolvimento da doença, bem como ajudam a tratar sinais e sintomas logo no início.
Portanto, aqui estão algumas formas de prevenir um Burnout:
- participe de atividades de lazer com amigos e familiares;
- faça atividades que “fujam” à rotina diária, como passear, comer em restaurante ou ir ao cinema;
- converse com alguém de confiança sobre o que está sentindo;
- faça atividades físicas regulares, pode ser academia, caminhada, corrida, bicicleta, remo, natação etc.;
- não se automedique, nem tome remédios sem prescrição médica.
Uma conduta muito recomendada também para prevenir a Síndrome de Burnout é a de descansar adequadamente, com uma boa noite de sono, pelo menos, 8h diárias.
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