A depressão pós-parto é um assunto bem importante para quem está esperando com tanto carinho a chegada de um bebê.
Quem aguarda com amor e cuidado o nascimento do filho, imagina que os sintomas depressivos estão distantes da sua realidade. Mas é preciso conhecer e estar ciente das condições possíveis.
Criamos este post para você conhecer tudo sobre depressão pós-parto, desde seu conceito, causas, sintomas, prevenção e tratamento. Boa leitura!
O que é depressão pós-parto?
Trata-se de uma doença que engloba diversas mudanças físicas e emocionais que muitas mulheres apresentam imediatamente após o parto e que também pode acontecer com homens.
Constitui um dos transtornos conhecidos no âmbito da saúde como “transtornos afetivos pós-parto”. Similar à depressão clássica, seus sintomas costumam surgir durante a gravidez ou até 1 ano após o parto, mas o período mais crítico pode ser as primeiras 4 a 6 semanas de pós-parto ou durante a gestação.
Em um estudo realizado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), o Ministério da Saúde divulgou uma nota afirmando que mais de 25% das mães brasileiras são afetadas pela depressão pós-parto, ou seja, em média, 1 a cada 4 mães brasileiras podem sofrer de depressão pós-parto.
Entre as mudanças emocionais trazidas pela depressão pós-parto, estão a inquietação, ansiedade, irritação, tristeza profunda, apatia, dentre outros.
Quais as causas da depressão pós-parto?
O que ocasiona essa condição ainda não é totalmente conhecido, mas pode ser atribuído a uma combinação de fatores, por exemplo, ambientais, emocionais, hormonais e genéticos.
Vale ressaltar que a privação de sono pode piorar os sintomas ou aumentar a probabilidade da depressão pós-parto.
Outra explicação que também pode estar associada à depressão pós-parto é a de desequilíbrio de hormônios reprodutivos no período da gravidez, que pode ser determinante para o desenvolvimento da doença.
Isso porque, após o parto, a mãe tem uma grande queda nos hormônios estrogênio e progesterona, contribuindo com essa condição.
Cabe destacar que a depressão pós-parto pode acontecer com mulheres de todas as faixas etárias, que já tiveram ou não outros filhos. Ainda, é considerado um quadro clínico que precisa de acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico e que tem tratamento, a fim de não comprometer a relação entre a mãe e o bebê.
Sintomas da depressão pós-parto
Uma das principais características da doença é que a mulher fica dominada por profunda tristeza, desespero, melancolia, desânimo e falta de esperança. Nessa condição, a mãe perde o interesse pelo cuidado com o bebê.
Há casos de manifestações mais graves da doença, em que muitas mulheres até se recusam a amamentar o filho. Nessa condição, ela necessita de intervenção profissional, visto que esse comportamento pode impactar negativamente no desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança.
Além disso, há o risco desses sintomas promoverem sequelas prolongadas que podem afetar a infância, a adolescência e persistir até a fase adulta.
Outros sintomas associados à saúde emocional são: problemas de sono, desinteresse sexual, sensação de incapacidade e desamparo.
Como tratar a depressão pós-parto?
O tipo de tratamento dependerá do nível em que a paciente se encontra. Desse modo, o profissional especializado fará o devido diagnóstico. A partir disso, a depressão pós-parto pode ser tratada com medicação (antidepressivos) e psicoterapia.
Mulheres com depressão pós-parto, geralmente, são aconselhadas a entrar em grupos de suporte para conversar com outras mulheres que estão passando pela mesma experiência.
Nos casos de amamentação, é preciso conversar com seu médico sobre o uso dos medicamentos, já que alguns deles podem afetar o leite materno e não devem ser usados.
Por fim, há também formas de prevenir a doença, a fim de reduzir danos.
Como prevenir a depressão pós-parto?
As recomendações para prevenir o quadro clínico depressivo apresentam frentes distintas e podem ser complementares.
A indicação médica é primordial, ou seja, sempre deve se consultar um profissional da área de saúde mental antes e, a partir disso, pensar nas estratégias positivas que reforçam a saúde da mulher e podem ajudar na prevenção.
A seguir, veja algumas medidas preventivas.
Pré-natal psicológico
Apesar de ser um conceito ainda não tão conhecido, tem como objetivo fazer com que o pré-natal psicológico seja para integrar a mulher e a família ao processo da gestação com técnicas psicoterápicas.
A ideia é preparar psicologicamente a família para os desafios da maternidade (e paternidade), além de prevenir a depressão pós-parto (DPP).
Reforçar a atenção à saúde da mãe
Quando se fala de saúde materna, fala-se em todos os aspectos físicos, mentais e emocionais.
É muito comum não ter clareza diante dos transtornos psíquicos que possam acontecer, por isso, é preciso estar atento e, ao perceber as mudanças, saber como lidar com elas e de que forma isso ajuda a identificar sintomas para procurar um tratamento.
Ainda, é preciso ter atenção ao comportamento e à saúde da mãe, tanto por parte da família e de pessoas próximas quanto para detectar situações e prevenir a depressão.
A depressão pós-parto tem cura, a partir do momento em que a paciente se dispõe a fazer o tratamento recomendado pelo médico especialista até o fim. Por isso, tenha sempre um Bom Doutor por perto e mantenha sua saúde e da sua família em dia.
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